Ibema – O rigor das leis, o endurecimento de parte do judiciário e as cobranças populares ainda parecem não ser suficientes para enfrentar alguns dos crônicos problemas nacionais. É o que sente na pele a comunidade de Ibema, que vê uma espécie de show de horrores em uma exposição organizada pela equipe de Adelar Arrosi (PSDB), prefeito que assumiu a administração pública municipal no último dia 1º de janeiro.
Enfileirados estão máquinas, caminhões, veículos, equipamentos e restos do que foram bens públicos comprados com o dinheiro público. É uma vergonha. Recebi o parque de máquinas em situação muito pior do que poderia supor, lamenta o tucano. Enquanto a comunidade assiste e entende melhor o significado da expressão descaso com o dinheiro do contribuinte, o novo gestor encomenda um inventário para saber, com detalhes, a realidade dos bens públicos do município.
Mesmo sem o resultado final do estudo em mãos, Arrosi estima que serão necessários R$ 1 milhão para recuperar e colocar o parque de máquinas em funcionamento. Sem dinheiro para todas as urgências de uma única vez, o prefeito prioriza reformas e manutenções. O que puder ser arrumado vamos consertar. O restante, colocaremos à venda em leilão de inservíveis. A prioridade foi melhorar as ambulâncias e veículos da área da saúde pública. Eram três ambulâncias e só uma rodava. Agora, duas atendem a comunidade. A terceira virou sucata e será vendida.
Aos pedaços
A equipe que faz os primeiros levantamentos no setor já constatou que equipamentos que poderiam ter vida útil longa foram simplesmente encostados. Exemplos são máquina de lavar industrial e autoclave (equipamento usado para esterilizar instrumentos cirúrgicos). Eram seminovos e agora viraram lixo, diz Adelar Arrosi. Há ainda o caso de um caminhão com três anos de uso que virou uma espécie de doador de peças e partes da carcaça. E não sabemos onde elas estão, diz o prefeito. Na sequência, serão consertados ônibus do transporte escolar e depois máquinas e caminhões.