Capitão L. Marques O empresário Claudio Quadri (PMDB) volta ao comando da administração pública de Capitão Leônidas Marques a partir de 1º de janeiro. Ele vai assumir em um cenário diferente daquele de 12 anos atrás, quando foi eleito para a sua primeira gestão ele seria reeleito quatro anos mais tarde. As coisas estão mais difíceis em razão de uma crise séria e que, por algum tempo ainda, testará a habilidade dos gestores públicos, afirma o peemedebista. Uma das primeiras providências dele será fazer ajustes na máquina pública.
Algumas questões em particular preocupam Quadri, a exemplo do índice da folha de salários que está próxima de 57%. O objetivo do prefeito será, com medidas práticas e sem afetar a qualidade dos serviços, recuar o índice para 49%. Sem isso, a prefeitura não terá dinheiro suficiente para parcerias e obras fundamentais à comunidade. A equipe que assumirá em 1º de janeiro será reduzida, com apenas cinco secretários. Os nomes das pastas de saúde, educação, finanças, obras e pátio de máquinas deverão ser anunciados na próxima semana. Mais pessoas serão incorporadas à equipe mediante melhorias no cenário econômico.
A saúde pública será uma das áreas olhadas com atenção pelo futuro prefeito. Precisamos reestruturar alguns programas e melhorar os atendimentos. A situação do único hospital, sob a gestão de uma associação filantrópica, também está na pauta. Vamos analisar a melhor forma de ajudar e de tornar o hospital, que presta serviços tão fundamentais à nossa população, diz Claudio Quadri. A administração priorizará também avanços nas obras de infraestrutura urbana e de trabalhos e parcerias capazes de ampliar ainda mais os resultados da agropecuária, um dos principais segmentos econômicos locais.
Casas
A geração de empregos é outro aspecto considerado estratégico pelo prefeito eleito de Capitão. O desafio nos primeiros dois anos é de gerar pelo menos mil novos empregos. E um dos caminhos para isso, conforme o gestor, será buscar parcerias para a construção de casas popular e de formas de estímulo à construção civil. As questões em torno da Usina do Baixo Iguaçu, em construção na divisa com Capanema, também preocupação Quadri. Houve cerca de 1,5 mil demissões nas últimas semanas e isso agrava o drama social nesses município. Só com diálogo, justiça e bom-senso para chegar a um bom termo, tão necessário, afirma ele.
Séria e transparente
Natural de Herval Grande, interior do Rio Grande do Sul, Cláudio Quadri tem 46 anos, é casado e pai de três filhos. Ele é empresário e começou na vida pública em 1993, quando se elegeu vereador. Diante das mudanças profundas dos últimos anos no Brasil, Quadri entende que chegou a hora de novas e transformadoras posturas na gestão pública, nas mais diferentes esferas. O País, para sair da crise e avançar, depende de várias medidas e de união, mas também de seriedade, transparência e eficiência nos setores públicos, afirma.