Cotidiano

Professora canadense vence o Global Teacher Prize 2017, em Dubai

65845289_Canadian school teacher Maggie MacDonnell stands next to one of her students after rece.jpgDUBAI, Emiratos Árabes Unidos ? Uma professora canadense que promove a esperança e os gestos de bondade ganhou neste domingo um dos prêmios mais cobiçados para educadores. Maggie MacDonnell, que tem origem em uma remota região de Québec, recebeu o prêmio anual Global Teacher Prize, promovido pela Varkey Foundation, em uma cerimônia realizada em Dubai, destacando-se entre milhares de concorrentes de todo o mundo. O título vem acompanhado de U$ 1 milhão.

MacDonnell foi uma dos dez finalistas que viajaram a Dubai para a cerimônia, entre representantes de Paquistão, Reino Unido, Jamaica, Espanha, Alemanha, China Quênia, Austrália e Brasil. O professor de ciências brasileiro Wemerson da Silva Nogueira, do Espírito Santo, concorreu com um programa social chamado “Jovem Cientistas: Projetando um novo futuro”. Em 2016, Nogueira foi escolhido Educador Nota 10, que é concedido no Brasil, com abrangência nacional, pelo projeto “Filtrando as águas do Rio Doce”.

O Global Teacher Prize foi criado há três anos para valorizar professores que tenham contribuído de forma marcante em sua profissão, usando práticas inovadoras em aula e que incentivam outras pessoas à seguirem na carreira docente.

O governador de Dubai, o xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum, entregou a honraria a MacDonnell. O nome da vencedora foi anunciado pelo astronauta francês Thomas Pasquet, em uma mensagem de vídeo enviada da Estación Espacial Internacional. Ao saberem do resultado, Maggie foi aplaudida e abraçada pelos outros candidatos.

Astronauta francês Thomas Pasquet anuncia em mensagem de vídeo enviada da Estación Espacial Internacional a vencedora do Global Teacher Prize

Persistência em aldeia inuit

MacDonnell tem ensinado por seis anos em uma aldeia do Ártico chamada Salluit, um povoado inuit, e segunda comunidade indígena situada mais ao norte do Canadá. A aldeia tem uma população de pouco mais de 1.300 habitantes e acesso apenas por via aérea.

A persistência em seguir ensinando em localidade tão remota, onde muitos professores costumam deixar o posto no meio do ano, fizeram com que se destacasse na competição. MacDonnell criou uma série de programas para meninos e meninas, em áreas que os interessassem – de cozinha a mecânica – incluindo um projeto de mentores para trabalhaos e recursos para oferecer alimentos saudáveis.

MacDonnel também criou um ginásio para jovens e adultos na comunidade local, onde os índices de uso de drogas e alcoolismo são altos. Na aldeia, onde os invernos são rigorosos – e as temperaturas chegam a 25°C negativos, houve seis suicídios em 2015 – entre jovens de 18 a 25 anos.