Cotidiano

Previsão é entregar 17 km em três meses

Ele garantiu que a duplicação entre Marechal Cândido Rondon e Toledo, e Cascavel ao distrito de Marmelândia, em Realeza, não correm risco de parar

Capitão – A restrição financeira do governo federal e os ajustes fiscais para reerguer a economia brasileira geraram preocupação sobre a continuidade de obras e liberação de recursos, inclusive à região Oeste. Entre os empreendimentos ameaçados estaria a duplicação de dois trechos da BR-163. No entanto, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, em visita ontem a Cascavel, garantiu em entrevista exclusiva ao jornal O Paraná que a duplicação entre Marechal Cândido Rondon e Toledo, e Cascavel ao distrito de Marmelândia, em Realeza, não correm risco de parar.

“São obras fundamentais que precisam continuar, e por isso não há risco de serem paralisadas. A duplicação acontece em uma rodovia que é de extrema importância para o Brasil, de impacto econômico muito grande e que permite uma integração nacional. É um empreendimento que está dentro das prioridades do ministério. Nosso principal objetivo é entregar obras”, diz Lessa. O empreendimento é o primeiro do País a utilizar um sistema de base e sub-base com uma camada de 24 centímetros de concreto, o que garante uma vida útil de 20 anos ao pavimento.Conforme o ministro, a expectativa é de que em 90 dias os primeiros 17 quilômetros de duplicação da BR-163, entre Cascavel e o distrito de Santa Maria, seja inaugurado.

Conforme o diretor geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes), Valter Casimiro Silveira, haverá até o fim do ano o empenho de R$ 180 milhões aos dois trechos em fase de duplicação. O custo total das duas obras é de aproximadamente R$ 880 milhões. “A tecnologia implantada nos dois pontos garante a prolongação da vida útil do pavimento, o que é revertido em mais qualidade aos usuários”, relata.

O consórcio Sanches Tripoloni/Maia Melo, responsável pela duplicação de 73,4 quilômetros entre Cascavel e Marmelândia, tem até 1.080 dias consecutivos, ou três anos, para finalizar a extensão, a partir da assinatura da ordem de serviço inicial, dada em 15 de novembro de 2015. No trecho de 40,2 quilômetros entre Toledo e Marechal, o consórcio Castilho Castellar iniciou as atividades ainda em novembro do ano passado, e segue com os serviços de terraplanagem.  Nos dois casos, o regime de contratação da obra é o RDC (Regime Diferenciado de Contratações Públicas) Integrado.

Perímetro urbano

De acordo com o superintendente regional do Dnit, José da Silva Tiago, há ainda um projeto a ser assinado nas próximas semanas da já licitada extensão da avenida Brasil ao Contorno Oeste, em Cascavel. “Já solicitamos o empenho e na próxima semana vamos emitir a ordem de início de serviço para a elaboração do projeto, que ocorre no regime de RDC Integrado. Para este ano, a meta do Dnit é elaborar o projeto executivo e prever recursos, para que em 2017 comecemos este segmento”, afirma Tiago. A empresa vencedora da licitação foi a Dalba Engenharia, que tem projeto orçado em R$ 69 milhões.