Cotidiano

Presidente da Islândia defende banir... abacaxi na pizza

14212632_670407846443072_7413183915617510708_n.jpgREYKJAVIK – Num país com 320 mil pessoas, questões pouco habituais no cenário internacional podem ganhar uma dimensão inesperada. Na Islândia, o presidente do país defendeu banir o uso do abacaxi na pizza. Preocupado com o fato de que pudesse estar sendo autoritário, Guðni Jóhannesson foi a público dizer que era uma brincadeira.

? Sou fundamentalmente oposto ao abacaxi na pizza ? disse Jóhannesson durante uma visita na semana passada a uma escola, onde foi questionado por alunos sobre temas profissionais e pessoais (dizendo, por exemplo, que torce no futebol para o inglês Manchester United). ? Se eu pudesse, baniria.

Depois de uma reação bem-humorada nas redes sociais (“É isso aí, fora, abacaxi!” e outros comentários inundaram seu Facebook), Jóhannesson emitiu um comunicado no Facebook na terça-feira com um sermão sobre democracia. rebelo sousa banho

“Não tenho o poder de fazer leis que proíbam as pessoas de botarem abacaxi na pizza. Estou feliz de não ter esse poder. Os presidentes não devem ter poder ilimitado. Não quero ter este cargo se eu puder passar leis proibindo aquilo que eu não gostar. Não gostaria de viver em um país assim. Para as pizzas, eu recomendo frutos do mar”, escreveu o presidente, para aplausos nos comentários nas redes.

Na Islândia, o presidente tem a função fundamentalmente cerimonial, ficando limitado a tarefas burocráticas e a formação de um governo parlamentar ? eleito pelo povo.

Ex-professor de História na Universidade da Islândia, Jóhannesson tem ampla popularidade, chegando a 97% da pequena população. Seu jeito informal ? já foi flagrado conversando em público com várias pessoas enquanto esperava para comprar uma pizza ? e ações como rejeitar um aumento de 20% no salário, doar parte de seus rendimentos a caridade e ter sido o primeiro chefe de Estado do mundo a ir numa parada LGBT fizeram de Jóhannesson um dos presidentes mais inusitados da Europa, segundo a imprensa local.