Cotidiano

Plano de Logística aponta prioridades para a região 

Cascavel – Foi lançado ontem, na Casa da Indústria, em Cascavel, o Pelt (Plano Estadual de Logística e Transportes) 2035, que mapeia as obras prioritárias para a região oeste e também para todo o Paraná. O Plano foi elaborado pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e outras entidades que compõem o Fórum Permanente de Desenvolvimento Futuro Paraná 10. 

O vice-presidente da Fiep e presidente da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), Edson Vasconcelos, relata que várias obras são consideradas prioritárias, mas que, na prática, é preciso listar aquelas de maior urgência. Entre elas está a construção do Aeroporto Regional, entre as faixas de domínio dos municípios de Cascavel, Toledo e Tupãssi. O empreendimento só deve entrar em atividade daqui a 15 anos. Enquanto isso, a demanda será suprida pelo Aeroporto Municipal de Cascavel, que hoje passa por reformas e ampliações para que estenda sua vida útil até 2030.

A duplicação de rodovias de tráfego intenso na região também está na lista de prioridades do Pelt. A proposta é implantar pistas duplas na BR-163 entre Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Toledo, Cascavel, Marmelândia e Barracão. Além disso, há a necessidade de construir o contorno rodoviário norte de Cascavel, a segunda ponte Brasil-Paraguai, em Foz do Iguaçu, e adequar a capacidade da PR-239/486 entre Toledo, Assis Chateaubriand e Umuarama. O plano prevê ainda a duplicação da BR-277 nos trechos de Cascavel a Matelândia e Cascavel a Guarapuava, além da duplicação da BR-369 até Campo Mourão.  

“O Pelt é uma ferramenta perene, que precisa começar e nunca mais parar. A ação fundamental é aproximar o Estado e fazer entender que a situação pede urgência. Não urgência em começar uma obra, mas em formar uma ferramenta completa, com banco de projetos, ouvindo propostas da iniciativa privada. Não podemos ficar reféns do tempo, pois hoje sofremos muito com o discurso da esfera pública que se exime de responsabilidade de obras com a justificativa de que não tem dinheiro”, diz. “O retorno aos usuários é a eficiência e a logística, dar competitividade a quem produz e consolidar cada vez mais o desenvolvimento”, acrescenta Vasconcelos. 

FERROVIAS

O Pelt 2035 também prevê aumentar a capacidade de transporte das ferrovias, que hoje levam apenas 20% de tudo que é produzido por aqui. Conforme o diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, o modal rodoviário é responsável pelo transporte de 80% dos produtos. Ao calcular os prejuízos, Grolli elenca a má conservação das rodovias federais e estaduais por conta do volume e excesso de carga intenso, o número de acidentes de trânsito que crescem diariamente, além do acréscimo no valor do produto final, por conta do baixo valor do frete se comparado aos elevados preços das tarifas de pedágio. “Precisamos aproveitar as oportunidades que temos aqui e melhorar as condições logísticas, consideradas nossos principais gargalos”, relata Grolli. 

O ideal, segundo ele, seria a consolidação definitiva da malha ferroviária para que os custos sejam reduzidos e as rodovias conservadas.