BRASÍLIA – O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse que a operação que prendeu cinco, dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, e levou coercitivamente o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, para depor mostra que o Rio não passa por um bom momento. Ele evitou opinar, mas disse que condução coercitiva não significa culpa. E defendeu o direito de defesa dos investigados.
? Isso não é bom, não é salutar. É claro que não é um momento bom para o estado, mas a gente tem que tocar a vida para a frente. Vamos aguardar as investigações. Ser chamado hoje coercitivamente não quer dizer que ninguém está condenado ? disse.
Pezão aproveitou para lamentar o adiamento da votação do projeto de renegociação das dívidas dos estados, pela Câmara. Ele disse que não há consolo, pois esta é a décima semana que ele vem a Brasília acompanhar o trâmite da matéria, e cada dia que passa a situação no Rio continua “muito ruim”.
? Não tem consolação, tinha que votar logo. Para nós é muito ruim, cada dia que passa a situação é muito ruim. Mas eu entendo o pleito dos outros estados do Norte e Nordeste que têm apresentado emendas ? afirmou.
Ele disse não acreditar que a operação no Rio tenha sido determinante para o adiamento da votação. E lembrou que ele foi apontado em investigações da Lava-Jato, ressaltando o quanto é importante que haja o direito de defesa.
? O que ocorreu comigo, eu não quero que ocorra com ninguém. Entrei na primeira fase da Lava-Jato, fui acusado, passaram-se dois anos, deu primeira página de todos os jornais. A polícia federal pediu arquivamento duas vezes e depois sai lá nas últimas páginas. Sou super a favor de apurações, agora vamos dar direito de defesa aos acusados ? pontuou.