O município de Foz do Iguaçu perdeu, no acumulado dos meses de março e abril de 2020, 4.174 postos de trabalho com carteira assinada. É o que apontam os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), atualizado mensalmente pelo Ministério da Economia, com base nos dados informados pelas empresas no momento da contratação ou da demissão de um trabalhador.
No mês de março, quando a cidade teve os primeiros casos de moradores infectados pelo novo coronavírus e a Prefeitura iniciou a adoção de medidas para restringir a circulação de pessoas, os números do Caged (série com ajustes) apontaram perda de 1.285 vagas de emprego, no saldo entre contratações e demissões.
Já no mês de abril, que foi o período em que houve maior restrição às atividades que geram aglomerações de pessoas, o total de fechamento de postos de trabalho foi ainda maior: 2.889 demissões a mais que contratações (série sem ajustes, uma vez que o indicador consolidado ainda não está disponível).
A título de comparação, no primeiro bimestre do ano, a cidade fechou com números bem diferentes. Em janeiro, foram 46 demissões a mais que contratações, mas fevereiro trouxe saldo positivo, 463 admissões a mais, com a cidade tendo gerado, portanto, 417 empregos formais no balanço dos dois primeiros meses do ano.
Com as demissões acumuladas em março e abril, porém, Foz do Iguaçu agora tem 3.757 vagas de emprego a menos que no final de dezembro de 2019, quando 59.975 trabalhadores estavam oficialmente registrados pelas empresas que atuam no município.
Não foi possível, pelo menos nos dados disponíveis na noite desta quarta-feira (27), coletar os números de demissões ou contratações por setores da economia de Foz do Iguaçu, que vem amargando prejuízos, especialmente, em atividades ligadas ao turismo, comércio e prestação de serviços.
Tendência Nacional
De acordo com o Caged, no mês de abril, todas as unidades federativas do Brasil fecharam com saldo negativo de vagas no mercado de trabalho. No Paraná, foram 55.008 postos fechados, enquanto que, no país como um todo, a cifra chegou a 860.503 empregos a menos.
No acumulado do ano, incluindo os resultados de janeiro, fevereiro e março, o Brasil perdeu 763.232 empregos no mercado formal, fruto do saldo de 4.999.981 contratações e 5.763.213 demissões.