Cotidiano

Padilha defende militares na segurança dos estados

BRASÍLIA – O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu nesta quinta-feira o envio de militares pelo governo federal para ajudar na segurança dos estados, a fim de manter a “ordem”. Em palestra a gestores da Caixa nesta quinta-feira, Padilha disse ainda que o governo não teme protestos contra as reformas econômicas do Palácio do Planalto.

? Essa questão da ordem e do progresso é o que está fazendo com que o governo esteja enviando ao Rio Grande do Norte, ao Espírito Santo, Rio de Janeiro, as Forças Armadas e a Força Nacional para manter a ordem e, com isso, garantir o progresso ? afirmou o chefe da Casa Civil, em alusão a “ordem e progresso”. Os dizeres da bandeira nacional são o slogan da gestão Temer.

A situação estadual mais grave na segurança pública é a do Espírito Santo. Desde sábado, policiais militares não saem dos quartéis. Familiares dos soldados bloqueiam a saída de viaturas, protestando por aumento salarial. Nesse período, já passa de cem o número de mortes no estado. Escolas, postos de saúde e outros órgãos públicos também estão fechados. Na última segunda-feira, o governo federal autorizou o envio de militares para reforçar a segurança.

No mês passado, em meio a uma crise penitenciária com mais de 130 presos barbaramente assassinados, o Palácio do Planalto havia anunciado a liberação de militares para inspecionar presídios.

Padilha também falou em “ordem” quando mencionou resistências às reformas econômicas do governo, principalmente a reforma da Previdência, que o Planalto espera ser aprovada pelo Congresso no primeiro semestre deste ano.

? O movimento que quiser dialogar, dialogue. Mas o movimento que quiser fazer baderna, a gente tem que colocar a ordem.

No último dia 3, durante posse de Moreira Franco na Secretaria Geral ? atualmente suspensa por liminar da 6ª Vara Federal do Rio, que acolheu ação popular ? e de mais três ministros, o presidente Michel Temer também havia defendido a importância da “autoridade” de militares nas ruas de estados com crise na segurança. Citando a Olimpíada do Rio, Temer afirmou:

? A presença de 38 mil homens da área federal, que lá (no Rio, durante a Olimpíada) se instalaram durante dois, três meses dando tranquilidade absoluta e revelando a presença da autoridade, do tipo, nós temos que ter progresso em tudo mediante ordem ? disse, completando:

? Eu devo dizer que nós contamos com muito vigor, num país que precisa de muita autoridade.