SÃO PAULO – Enquanto o Ministério do Trabalho está numa negociação com as centrais sindicais para chegar a um consenso sobre os termos de uma reforma trabalhista, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu nesta quinta-feira a aprovação rápida do projeto de lei que está no Senado sobre terceirização de funcionários pelas empresas. A entidades sindicais são contrárias à proposta.
A declaração foi feita em um almoço com empresários em São Paulo em que o ministro prometeu para 2016 a mudanças na legislação trabalhista.
Temos que formalizar o emprego e caminhar no rumo da terceirização. Aquele projeto que está no Senado tem que ser votado com alguma rapidez afirmou Padilha, sendo aplaudido pelos líderes empresariais.
Entre os pontos mais polêmicos do projeto está a emenda que permite que as empresas contratem terceirizados para atividades-fim. Isso significa que os empresários estarão autorizados a contratar funcionários terceirizados para a atividade principal da companhia. No caso de uma universidade, por exemplo, os professores também poderão ser terceirizados da mesma forma como funcionários da área de segurança. O projeto foi aprovado na Câmara e agora está sendo analisado no Senado.
Padilha elencou uma lista de reforma como compromisso do presidente interino Michel Temer. Por ordem, as primeiras serão a previdenciária, trabalhista e política. Segundo ele, todas serão feitas ainda em 2016.
Outra prioridade para este ano é a uniformização de alíquota do ICMS para acabar com a guerra fiscal entre os estados.
Devemos consolidar a negociação (da dívida pública) com os estados até a semana que vem e o item que vem logo depois é o ICMS. Temos que acabar com essa guerra que é deletéria sob todos os aspectos disse Padilha.