Cotidiano

O céu é o limite

Magnus Boeno Padilha - Nascimento: 25/06/1987 - Falecimento: 17/11/2019

Magnus iniciou na aviação em 2011 - Foto: Arquivo de família
Magnus iniciou na aviação em 2011 - Foto: Arquivo de família

Um dia Magnus Boeno Padilha decidiu que queria voar entre as nuvens. Para isso, precisava se tornar piloto profissional. Então, em 2011, aos 24 anos, Magnus entrou para a West Wings Escola de Aviação para realizar seu sonho.

Para Luiz Boeno Padilha, foi uma surpresa quando o filho decidiu seguir profissionalmente na carreira. “Eu tinha vontade de voar, mas comentei isso apenas uma vez, porque eu tinha muito medo… Quando ele disse que queria se tornar piloto profissional, eu fiquei surpreso”.

Depois do curso de piloto privado, ele ingressou em um de piloto comercial e outro para poder trabalhar como instrutor.

O garoto era prodígio. O diretor da West Wings, José Vargas, conta que, três anos depois, Magnus concluiu o curso mais avançado e tirou habilitação profissional, que o permitia aviar táxis-aéreos. Nessa época ele também já atuava como copiloto de aeronaves.

José diz que Magnus era centrado nos seus objetivos: “Ele era uma pessoa muito responsável, centrada, equilibrada… um cara muito amável e bem educado”.

Família

Magnus Padilha e a família mantinham uma relação de cumplicidade. Filho único, o pai Luiz lembra que ele sempre estava presente nos momentos importantes. “Nós sempre estávamos juntos, com exceção dos dias em que ele estava trabalhando. O Magnus era uma pessoa muito especial e que irradiava alegria”.

Magnus e o pai, Luiz Padilha

A despedida

O sonho de Magnus Padilha o levou cedo. Ele foi uma das quatro vítimas do trágico acidente aéreo ocorrido no último domingo (17) em Cascavel. Magnus pilotava uma aeronave de pequeno porte e havia sido contratado por uma família para levá-la ao litoral de Santa Catarina durante o feriadão da Proclamação da República. Eles retornavam para casa, quando, a cerca de dois quilômetros da pista, o avião caiu.

Magnus deixa o pai, Luiz Carlos Padilha, e a mãe, Cristina Boeno.

Além do piloto, Eduardo Philippi e a filha Eduarda morreram no local do acidente. A quarta vítima, Graziela Philippi, foi levada ao Hospital Universitário e passou por cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na noite da segunda-feira (18).

As causas do acidente ainda estão sendo investigadas.