Cotidiano

Novo tratamento contra câncer de próstata usa laser e bactérias

2013 642018447-2013 641013175-2013082822057.jpg_20130828.jpg_20130901.jpg Próstata LONDRES – Médicos europeus anunciaram um novo tratamento de câncer de próstata baseado em lasers e um droga feita de bactérias marinhas. A técnica é capaz de eliminar os tumores sem causar os efeitos colaterais dos métodos tradicionais.

Segundo reportagem publicada pelo site da BBC, as terapias atuais, envolvendo cirurgia e radioterapia, são frequentemente responsabilizadas por efeitos como impotência e diferentes graus de incontinência urinária. De acordo com a matéria, quase 90% dos pacientes desenvolvem disfunção erétil e um em cada cinco sofrem para controlar a urina.

Desenvolvida pelo Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, juntamente com a empresa Steba Biotech, a técnica vem sendo considerada revolucionária por médicos. Um artigo publicado pela revista médica “The Lancet Oncology” afirma que testes em 413 homens mostraram que quase metade deles não apresentou vestígios da doença após o tratamento.

As novidades no tratamento podem aumentar a conscientização dos homens em relação à doença. É que muitos não procuram tratamento nos estágios iniciais justamente por medo dos efeitos colaterais, mudando de atitude somente quando o câncer fica mais agressivo.

A intervenção com o laser é feita por meio da inserção de 10 fibras óticas na região do períneo. Já a droga utilizada é feita de bactérias que vivem em regiões profundas do oceano e que ativam suas toxinas quando expostas à luz.

Por isso, quando os lasers são acionados, eles ativam a droga injetada na corrente sanguínea que, por sua vez, “mata” os tumores.

Os testes com o novo tratamento foram realizados em 47 hospitais europeus e 49% dos pacientes se recuperaram completamente. Apenas 6% dos pacientes precisaram ter a próstata removida, em comparação com 30% dos pacientes submetidos à terapia tradicional. Já o impacto na potência sexual e no ato de urinar durou apenas três meses. Nenhum dos pacientes teve efeitos colaterais significativos após dois anos.