SÃO PAULO ? Na véspera de completar um mês de duração, a greve dos bancários teve leve redução na adesão nesta terça-feira e registrou 13.104 agências fechadas, contra 13.245 de ontem. O número de hoje representa 55% do total de agências do Brasil, segundo o Comando Nacional dos Bancários.
Categoria e bancos já se reuniram nove vezes, sem chegarem a um acordo. Os bancos melhoraram sua proposta duas vezes: no dia 9 de setembro quando elevaram o reajuste de 6,5% para 7%; e no dia 28 de setembro, quando mantiveram os 7%, mas ofereceram ganho real de 0,5% em 2017. Os bancários pleiteiam 14,78% de reajuste e manutenção do emprego. Não há nova rodada de negociação prevista para ocorrer
Para Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nenhum seria compreensível não atender aos pleitos dos trabalhadores se o setor financeiro tivesse registrado prejuízo.
? Os bancos são recordistas em lucro. Porque querem achatar os salários de seus empregados? ? questionou Osten.
Os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
Os bancários entregaram a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, a categoria soma cerca de 512 mil pessoas.