Cotidiano

Não há recursos para atender reivindicação do Samu Oeste

Para garantir recursos a serviços que já estão em funcionamento, porém, sem contrapartida da União, seriam necessários R$ 4 bilhões a mais por ano

Cascavel – Sem autorização da equipe econômica do governo para investimentos na área da saúde, reivindicação antiga do Consamu (Consórcio Intermunicipal de Saúde – Samu Oeste) não será atendida.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, esteve sábado em Cascavel e apesar de anunciar esforços da União, não confirmou prazo para que a portaria sobre qualificação de três USAs (Unidades de Suporte Avançado) e do helicóptero administrado pelo consórcio seja publicada. Os veículos hoje são mantidos com verbas estaduais e, sobretudo, com ajuda constante de municípios que integram o Consamu.

“Nós conseguimos resolver um contingenciamento de R$ 5,5 bilhões que havia neste ano na saúde, pagaremos todos os compromissos assumidos vigentes, mas não há recursos vigentes para novas portarias”, afirma.

Para garantir recursos a serviços que já estão em funcionamento, porém, sem contrapartida da União, seriam necessários R$ 4 bilhões a mais por ano. “Por isso, precisamos de autorização da equipe econômica para publicá-las”, acrescentou o ministro.

Para que haja melhores repasses ao atendimento em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) do SUS (Sistema Único de Saúde), Barros ressalta que será necessária uma nova estrutura de financiamento na saúde. “Não faremos isso rapidamente, mas assim que todas as unidades forem informatizadas e de forma online teremos acesso a quanto é investido na saúde dos brasileiros, teremos as melhores práticas e multiplicaremos elas para todo o Brasil”, cita.

Em cumprimento à agenda em Cascavel, Ricardo Barros se reuniu no Teatro Municipal com prefeitos da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) para ouvir demandas. O ministro também conheceu a estrutura do Consamu e visitou a Uopeccan.