BRASÍLIA – Secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara durante 24 anos e atualmente assessor no gabinete pessoal da Presidência da República, Mozart Vianna foi chamado pelo presidente Michel Temer para reforçar os trabalhos da Secretaria de Governo após a saída de Geddel Vieira Lima do comando da pasta.
A atuação de Mozart será no acompanhamento das votações no Congresso e das demandas dos parlamentares junto ao governo. Ele ficará na ocupação auxiliar até que Temer escolha um novo ministro para a Secretaria de Governo, o que pode ocorrer apenas no próximo ano.
Inicialmente, Mozart não será removido de sua atual lotação no Palácio do Planalto. O que mudará será sua função. Hoje, ele atua, principalmente, no monitoramento de eventos de interesse do governo e no acompanhamento de matérias aprovadas pelo Congresso que devem ser sancionadas ou vetadas pelo presidente.
A partir de agora, Mozart passará a reforçar o trabalho da equipe da Subsecretaria de Assuntos Parlamentares, sob o comando de Mariangela Fialek, que por anos chefiou a assessoria legislativa do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e, mais recentemente, de Eunício Oliveira (PMDB-CE). Terá também uma atuação junto ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que ajudará na articulação com o Congresso durante este período de transição.
A ideia surgiu diante da avaliação de que Temer não pode errar na escolha do sucessor de Geddel, sob pena provocar uma sangria de maiores proporções no governo. O substituto no cargo terá de estar imune a acusações do gênero das que atingiram Geddel e, ao mesmo tempo, ser da confiança de Temer e com bom trânsito no Congresso.
Como a única pauta urgente para o governo até o recesso parlamentar, que começará dia 16 de dezembro, é a votação da PEC do teto de gastos, o presidente deve ficar também no contato direto com os senadores, que analisam a medida, já aprovada na Câmara.