Cotidiano

Movimento Difusor recebe Karina Buhr e Pedro Luís em Ipanema

Mov. Difusor - banda _ 26 maio 2016 - foto Paulo Valle _ 5.jpgRIO ? No princípio era o tambor. Foi dele que partiu a música, há milênios, para milhões de direções. E é dele que o projeto Movimento Difusor, de Belo Horizonte, parte para explorar outros tantos novos caminhos. No ano passado, o grupo lançou a coletânea ?Conspiração liberdade?, e agora se apresenta pela primeira vez no Rio ? nesta sexta e sábado, no Oi Futuro Ipanema, às 21h.

? O Movimento Difusor nasceu da necessidade de estabelecer conexões com artistas representantes de linguagens, estilos e movimentos de fusão da música regional brasileira com a música universal, e apresentar a fusão dos tambores de Minas com a música universal ? explica Bruno Couto, idealizador, guitarrista e vocalista do projeto.

?Conspiração liberdade?, o disco, reúne canções nas quais Bruno havia participado como músico, compositor ou produtor musical, ao longo de dez anos. Estão no álbum artistas de gerações e escolas diversas, como Milton Nascimento, Maurício Tizumba, Marku Ribas, Raquel Coutinho, Berimbrown e Uakti. O que atravessa todas as faixas é a utilização dos tambores de Minas e os ritmos associados a eles.

No palco, além de Couto, a banda inclui André Lima (teclados e vocais), Thiago Braga (baixo), Jongui (bateria) e Marconi e Ronilson Silva (tambores de Minas).

? O tambor mineiro vem da cultura tradicional do congado, existente em todo o estado de Minas, como Belo Horizonte, Ouro Preto, Diamantina e Serro, entre outras cidades. Por vir de uma festa religiosa, o Congado Mineiro e seus ritmos são mais introspectivos ? detalha Couto.

O Movimento Difusor dialoga com outras tradições rítmicas do Brasil, e os convidados em seus shows têm papel fundamental nisso.

? Os tambores brasileiros estão presentes na Bahia, no Rio, no Pará, no Recife, em Minas e em diversos lugares do Brasil, o que difere cada um é sua origem e seus ritmos ? afirma Couto. ? Os ritmos do congado mineiro são peculiares, não se parecem com o samba, nem com o maracatu, nem com o carimbó, tendo uma característica única, e sua própria identidade, como os outros ritmos. O elo que conecta os artistas convidados é a utilização da cultura regional do seu estado de origem.

No Rio, eles recebem no palco a pernambucana Karina Buhr (sexta) e o carioca Pedro Luís (sábado).

? A Karina Buhr fez parte da formação das bandas Eddie e Cumadre Fulozinha, oriundas da cena mangue beat ? lembra Couto. ? O Pedro, como fundador do Monobloco e da banda Pedro Luís e a Parede, é representante legítimo da música carioca, misturando o samba com diversos ritmos universais.