RIO – Alan Vega, vocalista da banda Suicide, morreu neste sábado, aos 78 anos. A notícia foi confirmada pelo músico Henry Rollins, que em seu site divulgou um comunicado da família de Vega, informando que o cantor “morreu em paz, enquanto dormia”.
Suicide era um duo composto por Martin Rev, operador de sintezador e bateria mecânica, e Alan Vega. Surgiu na década de 1970, e ao longo dos anos se tornou um projeto pioneiro no movimento punk. Nomes como Bruce Springsteen, Soft Cell e The Cars já disseram ter sido influenciados pela dupla.
“Alan não foi apenas implacavelmente criativo, compondo músicas e pintando até o fim; ele também era surpreendentemente especial”, diz o comunicado da família. “A música incrível e inclassificável do Suicide foi de encontro a todas as tendências. As performances, marcadas pelo confronto e anos à frente do punk rock, tornaram-se lendárias. O primeiro e homônimo álbum é um dos feitos mais desafiadores da música americana.”
O Suicide chegou a lançar oito álbuns. O último foi “American supreme”, de 2002. O duo apresentou o gênero que o definiu através de um som minimalista, pontuado pelo vocal ressoante de Vega e pelo sintetizador hipnótico e rudimentar de Rev.
O álbum “Suicide”, de 1977, foi considerado um dos 500 melhores discos de todos os tempos pela revista “Rolling Stone”, e apresentou faixas icônicas como “Ghost Rider”, “Cheree”, “Che” e “Frankie Teardrop”.
Nascido em 1938, no Brooklyn, em Nova York, Vega começou sua trajetória como artista plástico. Suas pioneiras esculturas o deram notoriedade. Ele sofreu um derrame em 2012.