SÃO PAULO ? O juiz Sérgio Moro negou o pedido de prisão domiciliar a Branislav Kontic, assessor do ex-ministro Antonio Palocci. Branislav Kontic tentou o suicídio após ser preso durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Omertà. Segundo seus advogados, o preso apresenta grave quadro patológico ansioso e depressivo. No pedido, a defesa argumentou que a situação atual pode agravar seu quadro clínico.
No último dia 2, Branislav tomou medicamentos em quantidade elevada e foi submetido a lavagem estomacal no Hospital Santa Cruz, onde chegou a ser internado antes de ser levado ao Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde continua preso. Segundo Moro, os fundamentos que motivaram a decretação de prisão preventiva de Kontic permanecem e o CMP está capacitado para atender as necessidades de Kontic.
?A situação de saúde do investigado de fato demanda cuidados, porém, não há prova idônea de que ele esteja extremamente debilitado por motivo de doença grave?, escreveu Moro em sua decisão. O juiz afirmou que o Complexo Médico Penal é adqueado para a situação de Kontic, uma vez que dispões de acesso a medicamentos e tratamento médico, se necessário, além de possíveis autorizações para exames em hospitais privados, com escolta. ?Assim, pelo exposto, indefiro o pedido de substituição da prisão cautelar por prisão domiciliar formulado pela Defesa de Branislav Kontic?, decidiu.
*Estagiário, sob supervisão de Flávio Freire