SÃO PAULO – A agência de classificação de risco Moody’s elevou nesta sexta-feira a nota de crédito da Petrobras. O rating da estatal passou de B3 para B2 e a melhora é justificada por uma cenário mais favorável no curto prazo, com perspectiva de redução do endividamento com o programa de venda de ativo, o chamado plano de desinvestimentos. Essa é a primeira elevação de nota desde que a petrolífera passou a enfrentar os problemas derivados da Lava Jato e da queda do preço do petróleo no mercado internacional.
Entre os fatores que ajudaram na elevação da nota, a agência cita a venda de ativos, geração de caixa e uma melhora do ambiente econômico no Brasil, a mudança de governo e a apreciação do real frente ao dólar.
A ação da agência também leva em conta a mudança na direção da empresa, que se comprometeu a reduzir o endividamento da companhia com a venda de ativos e redução do plano de investimentos.
“O risco de liquidez da Petrobras diminuiu ao longo dos últimos meses por causa de US$ 9,1 bilhões em vendas de ativos até este momento de 2016 e de aproximadamente US$ 10 bilhões em trocas de títulos de dívida durante o terceiro trimestre, que prolongaram o perfil de vencimento da dívida da companhia”, avaliou a Moody’s em relatório.
Em maio e julho, a estatal fez emissões no mercado externo, o que não ocorria desde junho do ano passado.