SÃO PAULO – Mesmo com o pedido de recuperação judicial para renegociar dívidas de R$ 65 bilhões, os investimentos previstos pela Oi estão mantidos para este ano. A informação é do diretor de varejo da empresa, Bernardo Winik, em entrevista coletiva na ABTA 2016, feira e congresso de TV por assinatura que acontece em São Paulo. O executivo não revelou números absolutos, mas disse que os balanços trimestrais mostram que o investimento cresceu 22% entre janeiro e março deste ano, em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 1,2 bilhão.
A vida operacionalmente está absolutamente normal. As vendas não diminuíram, a recarga de pré-pagos não diminuiu e os investimentos previstos estão mantidos para este ano. O processo de renegociação das dívidas com bancos e credores não afeta a vida do cliente afirmou Winik.
Segundo ele, os colaboradores diretos e indiretos da empresa que lidam com o consumidor foram orientados que o pedido de recuperação judicial feito pela empresa na semana passada trata-se de um processo de renegociação de dívidas. A Oi é a maior operadora de telefonia do país e tem 70 milhões de clientes.
Temos uma outra equipe trabalhando nisso (na recuperação judicial) e rodando bem operacionalmente vamos ajudar nesse processo afirmou, lembrando que os indicadores operacionais da empresa não pioraram em relação aos últimos 12 meses.
Winik afirmou que a meta de chegar a 1 milhão de clientes no chamado Oi Total, produto lançado recentemente que agrega telefonia móvel, banda larga, TV por assinatura e telefone fixo, está mantida para este ano. Atualmente, já são 320 mil clientes nesse produtos, que foi lançado oficialmente em março.
Ele destacou que a Oi está lançando a modalidade pré-paga em seu serviço de TV por assinatura, que permite ao usuário fazer recargas quinzenais e mensais. Com a crise econômica, as operadoras de TV por assinatura vêm perdendo clientes. Mesmo neste cenário, Winik disse que a Oi foi a única a apresentar aumento de clientes em sua base no primeiro quadrimestre no ano.