Cotidiano

Mais de duas mil armas brancas são apreendidas em dez presídios do país

65594812_Manaus AM 06-03-2017 - Presídio de Compaj passa por varredura coordenada pelo Exército.jpgRIO – Somente no primeiro mês de varredura em dez presídios, as Forças Armas
apreenderam mais de duas mil armas brancas. Foram facas, facões, barras de
ferro, além de 271 celulares e sete estações de radiotransmissão encontrados em
buscas em penitenciários dos estados do Amazonas, Rondônia, Roraima, Rio Grande
do Norte e Mato Grosso do Sul. A Operação Varredura é realizada pelas Forças
Armadas, em articulação com o Ministério da Justiça e Cidadania e com os órgãos
de segurança pública dos governos estaduais.

Do dia 17 de janeiro até o dia 03 de março, foram vistoriados dez presídios
de cinco estados do Brasil que solicitaram o apoio das Forças, são eles:
Amazônia (AM), Rondônia, (RO), Roraima (RR), Rio Grande do Norte (RN) e Mato
Grosso do Sul (MS). Das dez instalações prisionais vistoriadas, pelo menos três
foram palco de barbáries neste início de ano, como a penitenciária de Alcaçuz,
em Natal, a de Monte Cristo, em Roraima, e o complexo Penitenciário Anísio Jobim
(Compaj), em
Manaus.

Presídios – 18.02 O ministro da Defesa, Raul Jungmann,
disse que a ação busca complementar a atuação dos órgãos de segurança pública
neste momento de tensão. ?Mesmo com a duração de um ano da Operação Varredura, é
importante as autoridades locais darem seguimento a ações desta natureza,
tornando as vistorias como algo permanente, incluindo a implementação de medidas
preventivas contra o ingresso de material ilícito nos estabelecimentos
prisionais?, destacou o ministro, em nota.

Além da elevada quantidade de armas brancas e celulares, também foram
encontrados: acessórios (160) e baterias (29) para celular; tabletes de
entorpecentes (18); trouxinhas de entorpecentes (45), recipientes com bebidas
alcoólicas (6), substâncias suspeitas (185), itens de posse proibida, como
dinheiro ou eletrodomésticos (3.038). As apreensões foram feitas nos presídios:
Monte Cristo (RR), Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa (AM),
Penitenciária Estadual de Parnamirim (RN), Penitenciária Agrícola de Mossoró
(RN), Cadeia Pública de Mossoró (RN), Estabelecimento Penal Jair Ferreira de
Carvalho (MS), Cadeia Pública de Natal (RN), Casa de Detenção José Mário durante
o primeiro mês da Operação Varredura.

Os radiotransmissores foram descobertos no Complexo Penitenciário Anísio
Jobim (Compaj)
durante a revista feita pelos militares do Exército, na última segunda-feira, 6.
Os equipamentos estavam funcionando apesar de o presídio ter bloqueador para
celular instalado. O Compaj ganhou
as manchetes do mundo após o massacre de 57 presos no primeiro dia do ano.

EM MANAUS, 37 PRESOS FICAM FERIDOS DURANTE REVISTA

Na última segunda, o complexo de Manaus voltou a ser palco de enfrentamento
de policiais militares e presos, quando 37 detentos ficaram feridos, durante a
realização da revista.

Além do Complexo de Manaus, também foram vistoriados a penitenciária de
Alcaçuz, em Natal, e a de Monte Cristo, em Roraima, que assim como o Compaj foram palco de barbáries neste início de
ano. Os cerca de quatro mil homens do Exército e da Marinha vasculharam as
instalações ainda dos presídios de Rondônia e Mato Grosso do Sul (MS).

Segundo o Ministério da Defesa, quatro mil homens da Marinha e do Exército
participaram das dez primeiras operações. Os militares utilizam equipamentos
modernos como detectores por raio X e de metais, que foram empregados em grandes
eventos realizados no País, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos Rio 2016. Equipes com cães farejadores, que podem detectar drogas
ou explosivos, também fazem parte da ação. Todas as vistorias são feitas de
forma articulada com a Secretaria de Segurança Pública de cada estado e também
com o Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça. Os militares
das Forças Armadas só vistoriam áreas previamente isoladas pela polícia militar
ou agentes penitenciários e não fazem nenhum tipo de contato direto com os detentos.