São Paulo – A Justiça paulistas determinou a prisão preventiva dos dois acusados de espancarem até a morte o ambulante Luiz Carlos Ruas em uma estação de metrô em São Paulo. Ricardo Martins Nascimento, de 21 anos, e Alípio Rogério Belo dos Santos, de 26 anos, estavam presos temporariamente desde 28 de dezembro.
O crime teve repercussão nacional e foi gravado pelas câmeras de segurança da estação. Ruas, de 54 anos, foi espancado até a morte pelos dois rapazes dentro de uma estação do metrô, no centro da capital paulista, na noite de Natal. O ambulante, que saiu em defesa de uma travesti, recebeu socos e pontapés por todo o corpo, inclusive na cabeça. Mesmo caído no chão e desacordado, o espancamento continuou.
Os agressores, que são primos, conseguiram fugir do flagrante. A defesa deles diz que os agressores somente souberam que o ambulante havia morrido pelo noticiário. Três dias depois do espancamento, eles foram encontrados pela polícia. Nascimento estava numa favela em Itupeva, a 72 quilômetros de São Paulo. Santos foi localizado em um prédio da Cohab em Itaquera, na Zona Leste da capital.
A prisão temporária dos primos venceria esta semana. Eles estão em um Centro de Detenção Provisória no estado. O juiz Roberto Zanichelli Cintra entendeu que eles oferecem risco à ordem pública e devem permanecer presos. A decisão da prisão preventiva foi tomada no último dia 20.
Os acusados não negam o crime, mas a defesa deles alega que eles partiram para a briga com o ambulante porque Santos teve o celular roubado por um grupo de pessoas do lado de fora da estação, entre elas uma travesti. Nascimento disse, quando foi preso, que “estava alterado” por ter consumido “cachaça”, mas que isso não justificava a agressão ao ambulante.