PARIS – A Justiça francesa abriu uma investigação preliminar sobre suposto favorecimento empresarial por parte do hoje candidato presidencial Emmanuel Macron, então ministro das Finanças, na organização de uma viagem a Las Vegas em 2016. Ele é hoje favorito à eleição presidencial, visto como derrotando a líder de extrema-direita Marine Le Pen no segundo turno. França
A Procuradoria de Paris abriu a investigação na segunda-feira depois de receber um relatório da Inspeção Geral de Finanças, suspeitando de um crime de favorecimento na organização de uma reunião de Macron com empresários franceses no Consumer Electronics Show, em Las Vegas.
A organização do evento foi encomendada sem licitação ao gigante francês de comunicação Havas, por parte da Business France, uma agência de promoção de negócios no exterior subordinada ao Ministério da Economia.
Macron, 39 anos, é favorito nos dois turnos presidenciais em 23 de abril e 7 de maio e nega qualquer responsabilidade no caso. Ele não aparece diretamente mencionado no inquérito.
? Quando eu era ministro, meu ministério sempre respeitava as regras da licitação e dos mercados públicos ? disse o candidato independente que fez parte do governo socialista de François Hollande, mas que declara não ser nem de direita nem de esquerda.
? Não é um “caso Macron”, trata-se de um caso da Business France ? disse um membro da equipe do candidato na terça-feira, explicando que a decisão de escolher quem organizaria a reunião “não era de imcumbência do ministro ou de seu gabinete”.
A Business France reconheceu na semana passada responsabilidade na organização do encontro em Las Vegas.