BRASÍLIA ? O senador Romero Jucá (PMDB-RR) pode assumir, definitivamente, a presidência nacional do PMDB assim que o impeachment se concretizar e Michel Temer for empossado na Presidência da República. Interinamente no Planalto, Temer se licenciou do comando da sigla, que está sendo exercido por Jucá. Com a posse efetiva de Temer, peemedebistas estudam a possibilidade de renúncia ao cargo, abrindo espaço para que Jucá, o primeiro vice-presidente da legenda, assuma definitivamente a vaga.
Temer foi eleito pela primeira vez presidente do partido em 2001 e, de lá para cá, reeleito sucessivamente para o cargo. A última reeleição aconteceu em março desde ano, para um mandato de dois anos. Jucá foi escolhido por Temer para comandar o Ministério do Planejamento, mas 12 dias depois o peemedebista caiu após o vazamento de áudios de conversa entre ele e o peemedebista Sérgio Machado.
Na conversa Jucá sugeria que uma mudança no governo, com a saída de Dilma e a entrada de Temer resultaria em um pacto para “estancar a sangria atribuída à Operação Lava-Jato. Jucá defendeu-se, dizendo que defendia a Operação Lava-Jato e que a conversa foi divulgada fora do contexto. Dentro do partido, há quem defenda que a saída definitiva de Temer só aconteça no próximo ano. Jucá assumiria a presidência do partido e o atual líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), sairia candidato à sucessão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), na presidência do Senado.