TOQUIO, Japão – Cientistas japoneses estão realizando pesquisas numa ilha que não existia há dois anos. Até 2013, a pequena Nishinoshima era apenas um afloramento de pedras no meio do Oceano Pacífico, mas uma sequência de espetaculares erupções cuspiram lava e cinzas, ampliando em 12 vezes o seu tamanho. Agora, os estudiosos exploram o pedaço de terra para entender como se formam as ilhas vulcânicas.
Imagens aéreas da ilha, que fica a 1 mil km ao Sul de Tóquio, mostram um relevo em forma de cone no meio do território cercado de vegetação. Para chegar, os pesquisadores do Ministério do Meio Ambiente do Japão nadaram a distãncia final do barco à ilha, para evitar a contaminação do local. Eles foram as primeiras pessoas a pisar na área, no último dia 20 de outubro.
A equipe coletou pedras, plantas e amostras de insetos e observou a primeira colônia de aves local, formada por grandes atobás típicos daquela região do Pacífico.
Até a erupção de 2013, o amontoado de pedras tinha 650 metros de comprimento por 200 metros de largura, mas a lava e as cinzas engoliram as formações, deixando uma ilha vulcânica de 2,7 quilômetros quadrados. Um território maior que o do principado de Mônaco, na Europa.
Além de pesquisa ambiental, a equipe de cientistas pretende reunir amostras de lava e cinzas para aprender mais sobre o processo de formação desse tipo de ilha. Eles também instalaram diversos monitores sismicos pela área. Estudar vulcões é uma das prioridades da ciência no Japão, que fica em meio ao chamado Círculo de Fogo, território do Pacífico com diferentes falhas tectônicas e muitos vulcões.