RIO – O Ministério das Relações Exteriores informou na sexta-feira, em nota, que entrou em contato com as autoridades da Ucrânia para solicitar visita ao brasileiro Rafael Marques Lusvarghi, de 31 anos, preso em Kiev, suspeito de terrorismo. De acordo com o posicionamento, o Itamaraty busca obter mais informações sobre as circunstâncias da prisão. Rafael está, desde setembro de 2014, lutando ao lado de separatistas russos na guerra no país no leste europeu.
De acordo com o portal de notícias ?G1?, a prisão ocorreu nesta quinta-feira, no Aeroporto Internacional de Borispol, perto da capital ucraniana. O Itamaraty informou, também, que foi comunicado da prisão do brasileiro ?por meio da Embaixada em Kiev?. ?O setor consular da Embaixada entrou em contato com as autoridades locais para solicitar visita ao brasileiro e obter mais informações sobre as circunstâncias da prisão?, informa o comunicado do Ministério das Relações Exteriores à imprensa.
Não há, entretanto, mais informações sobre o brasileiro. ?Por questões de privacidade, não são divulgadas informações sobre cidadãos nacionais aos quais presta assistência consular?, informou o Itamaraty.
BRASILEIRO PARTICIPOU DE PROTESTO NA COPA DO MUNDO
Lusvarghi ficou conhecido no Brasil após ser detido durante protesto contra a Copa do Mundo, em 12 de junho de 2014. Na ocasião, ele levou tiros de bala de borracha e foi contido por policiais militares. Ele ficou 45 dias preso, mas a Justiça de São Paulo o absolveu das acusações de incitação ao crime, associação criminosa, resistência, desobediência e porte de material explosivo.
De acordo com o ?G1?, Rafael Marques Lusvarghi foi preso no aeroporto quando entrava no país, informou em nota o Serviço de Segurança da Ucrânia. Ainda de acordo com a nota, com Lusvarghi foram encontrados passaporte estrangeiro, uma medalha por serviços de combate e um laptop que tem uma conversa com representantes de grupos terroristas. Lusvarghi será enquadrado no artigo 258-3 (criação de um grupo terrorista ou organização terrorista) do Código Penal da Ucrânia. Ele chegou a ser ferido em combate.