WASHINGTON – Os preços ao consumidor nos Estados Unidos moderaram em novembro, mas a tendência continuou a apontar para pressões inflacionárias firmes diante do aumento dos aluguéis, o que pode sustentar mais altas da taxa de juros pelo Federal Reserve, banco central do país, no próximo ano.
As perspectivas de mais aperto da política monetária em 2017 também foram impulsionadas por outros dados nesta quinta-feira, que mostraram um declínio no número de americanos que solicitaram auxílio-desemprego na semana passada. A visão é de que o mercado de trabalho está perto do pleno emprego, ou próximo disso.
O Departamento do Trabalho informou que o seu índice de preços ao consumidor subiu 0,2% no mês passado, com desaceleração da alta dos preços da gasolina e com os custos dos alimentos permanecendo baixos.
O resultado na inflação no mês passado ficou em linha com as expectativas de economistas. O chamado núcleo da inflação, que elimina os custos de alimentos e energia, subiu 0,2% após avanço de 0,1% em outubro. Os aluguéis responderam pela maior parte da alta no núcleo da inflação no mês passado.
Na quarta-feira, o Fed elevou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 0,50% e 0,75%. A chair do Fed, Janet Yellen, disse que o movimento foi “um voto de confiança na economia”.
O Fed prevê três altas de juros em 2017 diante da agenda de política fiscal expansionista do presidente eleito Donald Trump, que busca impulsionar o crescimento através de gatos com infraestrutura e cortes de impostos.
Em um segundo relatório, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 4 mil, para 254 mil em números ajustados sazonalmente, na semana encerrada em 10 de dezembro.
Essa foi a 93ª semana seguida em que os pedidos ficaram abaixo da marca de 300 mil, nível associado a um mercado de trabalho saudável. Esse é o período mais longo desde 1970, quando o mercado de trabalho era muito menor.