Dos paranaenses que estão inadimplentes, 26,59% têm entre 30 e 39 anos. É a faixa etária com o maior número de devedores. O dado foi divulgado ontem pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná, por meio da Base Centralizadora Faciap de Proteção ao Crédito, conveniada ao SPC Brasil.
De acordo com o vice-presidente da Faciap, Claudenir Machado, que é de Toledo, é nesta fase que os consumidores estão com mais pendências financeiras. “Entre 30 e 39 anos, as pessoas estão constituindo família, comprando apartamento, carro novo, colocando os filhos na escola”, diz ele. E com mais responsabilidades financeiras, mais pendências em atraso.
Em seguida, vêm os consumidores entre 40 e 49 anos (21,16%); os que têm entre 50 e 64 anos (19,09%); os com idade entre 25 e 29 anos (13,31%); os que têm entre 65 e 84 anos (7,85%); e os consumidores entre 18 e 24 anos (6,51%). O número total de devedores no Paraná registrou queda de 4,6% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado foi melhor do que o nacional (- 0,5%).
Dívidas no Paraná
Na comparação anual, houve redução também nas dívidas no Paraná de 7,76%. O número segue caindo pelo 13º mês consecutivo, segundo levantamento do SPC Brasil. A queda mais expressiva foi no setor de água e luz, em que as pendências diminuíram 38,3%. Na variação anual, além da alta de água e luz (38,30%), houve queda no Paraná nas dívidas em atraso do comércio (- 9,70%); no setor de comunicação (- 11,14%); e no setor bancário (- 2,99%).
PR gerou 230 mil empregos formais em seis anos
Mesmo com a crise, que jogou o País na maior recessão da sua história e fez disparar o índice de desemprego, o Paraná é o segundo Estado que mais criou empregos formais no Brasil entre janeiro de 2011 e abril deste ano. Já descontadas as demissões, são 230,2 mil empregos gerados no período.
Os dados são de um levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social com base no Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho. O primeiro lugar ficou com São Paulo, com saldo de 373,8 mil vagas. O Paraná ficou à frente de estados como Santa Catarina (208,4 mil), Goiás (204,3 mil) e Rio Grande do Sul (190,7 mil).
“O Paraná teve não apenas um desempenho melhor do que economias maiores do que a dele, mas também superior a Estados mais populosos, como Rio de Janeiro, que 32,2 mil vagas, e Minas Gerais, com 167,1 mil”, diz o diretor-presidente do Ipardes, Júlio Suzuki Júnior. Na avaliação de Suzuki Junior, boa parte desse resultado se deve ao fato de o Paraná ter criado um ambiente mais favorável para o setor produtivo, atraindo mais investimentos e empregos.