Cotidiano

Ilan reafirma meta de inflação de 4,5% em 2017

BUENOS AIRES – O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, assegurou nesta terça-feira, em seminário no Banco Central da República Argentina (BCRA), que o governo mantém a meta de inflação para o ano que vem em 4,5%, segundo ele “ambiciosa, mas que pode ser cumprida”. Em painel com o presidente do BCRA, Federico Sturzenegger, e do Banco Central do Chile, Rodrigo Vergara, o presidente do BC brasileiro defendeu as políticas de ajuste e aprovação de reformas estruturais, entre elas da Previdência e de normas trabalhistas.

? Ainda temos um longo caminho, mas pelo menos agora estamos na direção correta ? disse Goldfajn.

O presidente do BC lembrou que a inflação do ano passado foi de 11%, para ele, “consequencia de uma política que já terminou”.

? Esperamos terminar o ano de 2016 com inflação de 7,3%. Para o ano que vem, a meta continua sendo de 4,5%, que avaliamos que é ambiciosa, mas que pode ser cumprida ? frisou Goldfjan.

O seminário organizado pelo BCRA busca mostrar, segundo suas autoridades, modelos de meta de inflação bem sucedidos no mundo. Participaram autoridades monetárias de países como Israel e analistas estrangeiros.

? Há dois meses, as expectativas (inflacionárias) eram de 5,5% para 2017 e hoje já estamos em 5% _ comentou o presidente do BC, que defendeu a importância de os países emergentes aproveitarem um momento, segundo ele, “de abundância de liquidez”.

? Não parece provável que este ambiente dure muito? é um período que chamo de benigno e parece especialmente favorável para o financiamento de mercados emergentes ?opinou Goldfajn.

O presidente do BC foi enfático em sua defesa da necessidade de “reconstruir o balance do setor público, reduzir e racionalizar os gastos”.

? É necessário avançar na ampla agenda de reformas estruturais para aumentar a produtividade, que será o que nos tirará da recessão ? disse Goldfajn.

No caso da Argentina, a meta de inflação para este ano oscila entre 20% e 25%, mas é pouco provável que o governo do presidente Mauricio Macri consiga cumpri-la. Para 2017, a Casa Rosada projetou uma inflação de 17%.