BRASÍLIA – Com um discurso na medida para agradar o mercado financeiro, Ilan Goldfajn afirmou que seu objeto à frente do Banco Central é fazer com que a inflação fique estritamente na meta de 4,5%, ou seja, não deixará a alta de preços ficar estacionada na margem de tolerância. Durante a sabatina do economista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ele frisou que a convergência da inflação para o objetivo tem de ser rápida e as expectativas devem ficar ancoradas.
? Nosso objetivo será cumprir plenamente a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, mirando o seu ponto central. Os limites de tolerância estabelecidos servem para acomodar choques inesperados na inflação, que não permitam a volta ao centro da meta em tempo hábil ? disse Ilan Goldfajn, que completou:
? Enquanto a inflação retorna ao centro da meta após eventuais choques, é fundamental o gerenciamento das expectativas no sistema de metas. É importante que as expectativas indiquem no presente uma trajetória que preveja a convergência para a meta em futuro não muito distante.
Nos últimos anos, o BC tem sido alvo de críticas por não trazer a inflação para a meta. Por anos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou acima dos 4,5%. No ano passado, rompeu o limite de tolerância de 2 pontos percentuais e ficou em 10,67%.
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