BRASÍLIA – O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, do PT, criticou nesta quinta-feira a condução do presidente Michel Temer no processo que envolve a recuperação fiscal dos estados. Temer sancionou o projeto com vetos e afirmou nesta quinta que os estados terão que apresentar contrapartidas. O petista afirmou que seu estado não irá aceitar imposições que possam ferir direitos dos servidores públicos. Pimentel disse que não aceitará “exigências descabidas” e disse que o governo não percebeu a “gravidade da crise”. As declarações do governador foram divulgados pela agência de notícias do governo mineiro.
? Vamos continuar dialogando com o governo federal, com outros governadores, para buscar caminhos que possam ajudar os estados, porém, sem exigências descabidas. Aquilo que fere o direito do servidor público, que vai prejudicar o serviço público, não podemos aceitar. Então, vamos negociar sim, queremos ajudar no ajuste fiscal, até porque é necessário para os estados, mas não vamos aceitar exigências que firam os direitos dos trabalhadores, principalmente porque isso vai acabar prejudicando o serviço público. Vamos trabalhar, vamos continuar dialogando, vamos achar uma saída para esta situação ? disse Fernando Pimentel.
Ele pediu ao presidente uma solução ?mais rápida? para o caso. E criticou o governo federal e as gestões do PSDB no estado.
? Eu creio que o governo federal ainda não percebeu a gravidade da crise nos estados. E estou falando de todos os estados. Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estão piores, Minas Gerais não está tão grave. Estamos trabalhando desde o início desta gestão para corrigir erros passados, que deixaram o Estado praticamente em situação de insolvência. Estamos corrigindo aos poucos. Agora, o governo federal parece que ainda não percebeu a gravidade da situação. É preciso de uma ajuda mais rápida por parte do governo federal para todos os estados ? afirmou o petista.