Cotidiano

Fraude de emissões da Volkswagen pode provocar 1.200 mortes prematuras

VOLKSWAGEN-RESULTS_NOVA YORK – A fraude das emissões de carbono da Volkswagen pode provocar a morte prematura de 1.200 pessoas, segundo estudo realizado com a participação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). O levantamento leva em consideração os 2,6 milhões de veículos produzidos pela montadora entre 2008 e 2015, com as marcas VW, Audi, Skoda e Seat.

?Os pesquisadores estimam que 1.200 pessoas na Europa vão morrer de forma prematura, perdendo até uma década de vida, como resultado do excesso de emissões de carbono geradas?, indicou o MIT, que participou do estudo. A Volks admitiu, em setembro de 2015, o uso de um software que mascara as emissões de poluentes quando o carro está passando por testes.

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Das 1.200 mortes, 500 devem ocorrer na Alemanha e o restante em países vizinhos, como Polônia, França e República Tcheca, segundo o estudo publicado na revista Environmental Research Letters. A equipe responsável pelo documento é a mesma que recentemente estimou que as emissões provenientes dos 482 mil veículos com problema nos Estados Unidos provocaria a morte precoce de 60 pessoas naquele país.

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IMPACTO ALÉM DAS FRONTEIRAS

Para os pesquisadores, ?as emissões produzidas em excesso em relação aos valores limites dos testes têm um impacto significativa sobre a saúde pública?. A contaminação do ar ?vai além das fronteiras, as ultrapassa diretamente?, segundo Steven Barrett, do MIT, coautor do estudo:

? Um automóvel na Alemanha pode ter impactos significativos nos países vizinhos, especialmente em regiões densamente povoadas, como o continente europeu.

No começo do ano, a Volkswagen admitiu ter culpa no escândalo da fraude dos testes de emissões de poluentes e concordou em pagar US$ 4,3 bilhões em penalidades. As medidas fazem parte de um acordo para encerrar as questões relacionadas ao caso nos Estados Unidos. Em paralelo, promotores anunciaram o indiciamento de seis executivos da empresa.