Cotidiano

Facção do AM pretendia cometer atentados a bomba contra autoridades

523117c37d9dc85aa6ef05c33f3d46f2.jpgRIO – Uma das facções criminosas que atuam nos presídios de Manaus pretendia cometer atentados a bomba contra autoridades do Amazonas, de acordo com informações da GloboNews. O plano de integrantes da facção foi descoberto pelo setor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-AM).

Presídios

O grupo pretendia cometer atentados contra promotores e o Secretário de Segurança Pública do estado, Sérgio Fontes. O documento mostra que os agentes haviam descoberto que a rebelião que terminou com a morte de 56 presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), na capital do Amazonas, era o primeiro passo de um plano muito maior do grupo. A matança no Compaj seria uma retaliação ao fato de líderes da facção não terem retornado dos presídios federais no final de 2016, conforme os presos haviam pedido desde outubro.

No dia 6 de outubro, a Inteligência descobriu a segunda parte do plano. A organização criminosa arquitetava um ataque contra o secretário Sérgio Fontes e contra o promotor de Justiça Lauro Tavares, responsável pelo Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MP-AM).

Cinco dias depois do massacre em Manaus, o relatório da Inteligência afirma que houve uma reunião entre presos do semiaberto do Compaj, que teria sido acompanhada, por telefone, pelo líder no regime fechado do mesmo presídio. No encontro, ele diz que a primeira parte do plano havia sido cumprida e que a segunda etapa estaria sendo providenciada.

Os atentados seriam feitos por meio de explosivos dentro de malas deixadas no Tribunal de Justiça do Amazonas e no MP-AM. Os coordenadores do plano eram detentos do semiaberto conhecidos como Nigéria, que estariam em posse de metralhadoras, e os presos Colt e Neguinho.

O grupo teria feito testes em malas com bombas, sem sucesso. Por isso, procuraram ?especialistas? em explosivos para o plano. Segundo o documento, foram procurados colombianos especializados em bombas. Esses estrangeiros já estariam em Manaus para executar os atentados.

Além dos explosivos, quatro pessoas teriam sido recrutadas para tentar assassinar as autoridades. O documento levanta ainda suspeitas sobre o envolvimento de policiais militares, que estariam trabalhando para a organização criminosa.

Diante das ameaças, os agentes da Inteligência recomendaram o reforço na segurança do TJ-AM, do MP-AM e da SSP-AM em todos os horários, principalmente durante o dia, quando há maior movimentação. A SSP e o MP-AM não quiseram comentar o assunto.