WASHINGTON – O escolhido de Donald Trump para substituir o Conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, rejeitou a nomeação ao cargo, segundo o “Financial Times”. Com ampla experiência no setor Robert Harward, tinha recebido o convite na quarta-feira. Ele ocupou funções no conselho durante o governo de George W. Bush. Harward não explicou as razões pelas quais teria rejeitado a oferta.
O indicado de Trump serviu na Marinha de 1975 a 2013, tendo sido Seal (membro da equipe de elite que atua em operações de alto risco). Harward foi ainda subcomandante do Comando Central dos EUA, sob chefia do general James Mattis, atual Secretário de Defesa; em 2003, tornou-se diretor de Estratégia e Defesa no Conselho de Segurança Nacional; e foi ainda comissário do Centro Nacional Antiterrorismo. Foi diretor executivo da empresa aeroespacial e de defesa Lockheed Martin, produtora dos caças F-35.
Apesar de, na terça-feira, o próprio porta-voz Sean Spicer ter dito que Trump não tinha mais qualquer confiança em Flynn há semanas, o presidente usou a coletiva com o premier israelense, Benjamin Netanyahu, para defender o ex-general, primeira baixa do governo.
? Ele foi tratado muito injustamente pela imprensa. Como eu chamo, a mídia das notícias falsas ? disse Trump. ? Foi muito injusto o que aconteceu com o general Flynn, a maneira como foi tratado, e os documentos e papéis que foram ilegalmente vazados.
Pela lei americana, Flynn, como cidadão privado que ainda era antes da posse, não poderia ter tratado de diplomacia com outros países em nome dos EUA ? mas manteve contatos sobre sanções com embaixador russo. Na carta de demissão, ele ainda admitiu que “transmitiu sem querer ao então vice-presidente eleito e a outros informações incompletas sobre suas conversas telefônicas” com o enviado.