WASHINGTON ? Paul Manafort, ex-chefe de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trabalhou em segredo para um multimilionário russo em defesa dos interesses do Kremlin, revelou a agência americana Associated Press (AP) nesta quarta-feira. rússia-trump
Em 2005, Manafort escreveu um plano estratégico no qual disse que ?poderia beneficiar muito o governo de (Vladimir) Putin?. Naquela época, com o republicano George W. Bush na Casa Branca, a relação entre Estados Unidos e Rússia era marcada por tensões.
O ex-assessor de Trump tinha um acordo com o magnata russo do setor de alumínio Oleg Deripaska, um aliado próximo a Putin.
Manafort firmou um contrato anual de US$ 10 milhões a partir de 2006 e manteve a relação empresarial até pelo menos 2009. O trabalho foi descrito em entrevistas com pessoas familiarizadas com o assunto e em registros empresariais confidenciais obtidos pela AP.
Ele confirmou à agência que trabalhou para Deripaska, mas observou que o fato estava sendo tratado de forma injusta e inapropriada.
Em audiência no Congresso americano na segunda-feira, tanto o FBI como a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) confirmaram que investigam supostas relações entre a Rússia e a campanha de Trump.
O governo de seu antecessor, Barack Obama, acusa Trump de ter atuado conjuntamento com os russos para prejudicar a candidata democrata Hillary Clinton. Durante a corrida eleitoral, organizações democratas foram alvos de ciberataques. Da campanha à parceria antiterror, cinco etapas da relação Trump-Putin