NOVA YORK e MIAMI – Pela terceira noite consecutiva, manifestantes vão às ruas em diversas cidades dos EUA em protestos contra o presidente eleito Donald Trump. As manifestações acontecem em estados onde Trump foi derrotado pela democrata Hillary Clinton, como Nova York, e também onde o magnata teve maioria dos votos, como na Flórida.
Em Miami, um grupo de centenas de pessoas foi às ruas no primeiro protesto de maiores proporções que a cidade recebe desde a vitória eleitoral de Trump. Os manifestantes levam cartazes com dizeres como “Not my presidente” (“Não é meu presidente”) e “Love trumps hate” (“O amor vence o ódio”), jogo de palavras com o nome do magnata e o verbo “triunfar”.
Já em Manhattan, região de Nova York que vem recebendo protestos desde terça-feira, manifestantes foram às ruas ainda com luz do dia na Washington Square. O local fica a alguns poucos quilômetros da Trump Tower, residência e quartel-general da campanha de Trump.
No protesto, além dos tradicionais cartazes contra Trump, eram visíveis diversas referências a imigrantes, como mensagens em árabe e uma bandeira mexicana. O clima dos protestos é pacífico até o momento, sem demonstrações de violência.
TRUMP E PROTESTOS MUDAM DE TOM
Na quinta-feira, houve turbulências numa manifestação em Los Angeles, que chegou a ter quase 200 detidos. Os protestos da última noite, no entanto, foram menos intensos do que os atos de quarta-feira, dia seguinte à vitória eleitoral de Trump. Os participantes eram, em sua maioria, jovens.
Protestos contra a eleição de Trump
Na noite de quinta, Trump chegou a dizer que “manifestantes profissionais” estavam sendo incentivados pela mídia a sair às ruas ? o que chamou de uma injustiça. Mas, nesta manhã, ele publicou nas redes sociais uma mensagem bastante diferente, com elogios à paixão dos manifestantes pela nação.
“Amo o fato de que os pequenos grupos de manifestantes da noite passada tem paixão pela nossa grande nação. Nós vamos todos nos unir e ficar orgulhosos!”, escreveu o republicano.