Quito – O presidente do Equador, Lenín Moreno, decretou estado de exceção em todo o país em meio a protestos contra um aumento de 123% no preço da gasolina. Ao menos 19 pessoas foram presas. Há bloqueio de estradas em Quito e Guayaquil, as duas principais cidades do país.
O aumento decorre da retirada de subsídios da gasolina, que vigorava no país havia 40 anos, depois de o Equador ter fechado um acordo de US$ 2 bilhões com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
“Abaixo o paquetaço”, gritavam os manifestantes nos arredores da Praça de Armas de Quito, na qual está localizado o Palácio de Carondelet, sede do Executivo.
A polícia e o Exército foram destacados para proteger o local. O Estado de exceção é válido por 60 dias, prorrogáveis por mais 30.
Motoristas de táxi e caminhoneiros lideram os protestos. Terminais de ônibus estão fechados. Manifestantes ergueram barricadas com pneus queimados e lixo nas ruas de Quito.
Moreno diz que o fim dos subsídios combaterá o contrabando de combustível e incentivará a economia.