BEIRUTE – O cessar-fogo na Síria, mediado pela Rússia e Turquia, teve início depois da meia-noite desta sexta-feira (20h de quinta-feira no horário de Brasília), na mais recente tentativa para por fim a quase seis anos de derramamento de sangue.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, um aliado chave do líder sírio Bashar al-Assad, anunciou um cessar-fogo depois de fechar um acordo com a Turquia, que tem apoiado por um longo tempo a oposição.
Observadores e uma autoridade rebeldes registraram enfrentamentos entre insurgentes e forças do governo no limite entre Idlib e Hama, e incidentes de disparos isolados mais ao sul, a menos de duas horas de iniciada a trégua. Mas os grupos em conflito detiveram as hostilidades em muitas outras zonas.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os Estados Unidos poderiam se somar ao processo de paz uma vez que o presidente eleito Donald Trump assuma o poder em 20 de janeiro. Ele também quer que o Egito participe, junto à Arábia Saudita, Catar, Iraque, Jordânia e Nações Unidas.
Vários grupos rebeldes assinaram o acordo, disse o Ministério da Defesa da Rússia. Várias autoridades rebeldes reconheceram o acordo e um porta-voz do Exército Livre Sírio (FSA, na sigla em inglês), uma aliança de grupos insurgentes, informou que se apegaria à trégua.
Um comandante do FSA se mostrou otimista frente ao acordo de cessar-fogo, a terceira tentativa séria este ano para conseguir uma trégua em nível nacional.
? Desta vez tenho confiança em sua seriedade. Há um novo aporte internacional ? disse o coronel Fares al-Bayoush, um comandante do Exército Sírio Livre, sem dar mais detalhes.