O número de fumantes no Brasil
permanece em queda. Segundo o Vigitel 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), programa de
vigilância do Ministério da Saúde, a prevalência de fumantes caiu para 10,8%.
Os dados mostram que as pessoas estão cada vez mais conscientes dos efeitos
negativos do cigarro. Além disso, elas têm encontrado no mercado auxiliares na
interrupção do tabagismo. Os adesivos de nicotina estão entre esses
dispositivos. Veja como eles funcionam.
Proposta: o adesivo segue o princípio da Terapia de Reposição de
Nicotina (TRN), que fornece ao usuário do produto, uma dose de um item viciante
do cigarro, a nicotina, sem o risco de inalar outras substâncias presentes
nele, que são muito mais nocivas, como é o caso do monóxido de carbono,
pesticidas e alcatrão.
A ideia é ir tirando a nicotina
do organismo ao poucos, auxiliando a reduzir crise de abstinência e fissura por
fumar, já que não há uma interrupção drástica.
Funcionamento: colado na pele, o adesivo libera nicotina no
organismo, durante as 24 horas depois de aplicado. Ele
ajuda a controlar o desejo de fumar, especialmente aquela fissura que bate nas
primeiras horas da manhã.
Locais de aplicação: o adesivo deve ser colado na pele, de
preferência em uma região onde não haja pelos. A parte interna do braço,
ombros, costas, nádegas, coxas e pernas são as de mais fácil adesão, mas precisam
estar limpas e secas. É recomendado alternar os locais de aplicação e evitar à
exposição deles ao sol.
Periodicidade:a aplicação deve ser feita uma vez ao dia. O tratamento
pode durar de dois a três meses, dependendo dos números de cigarros fumados
diariamente. Quem fuma mais de dez unidades, precisa adotar um período
maior.
Uso do cigarro: Antes da primeira aplicação do adesivo, o usuário
do produto já deve parar com o cigarro. Manter
o fumo amplia o risco de haver superdose de nicotina no organismo, já que além
da substância presente no auxiliar contra o tabagismo, a pessoa também inala a
que está contida no cigarro.
Erros no uso: não se deve fracionar os adesivos. Ao cortá-los, o
usuário impede que o produto libere a quantidade adequada de nicotina no
organismo, prevista em sua formulação. Da mesma forma, o tratamento não deve
ser interrompido antes do prazo. Isso prejudica a eficácia do auxiliar contra o
tabagismo.
Resultados: as Terapias de Reposição de Nicotina, com adesivos,
sprays, goma de mascar e pastilhas,aumentam as taxas de sucesso em abandonar o
tabagismo em 50 a 70%, de acordo com uma análise, revisada em 2012, da rede
global de pesquisadores independentes Cochrane.
Fontes:
Vigitel – Ministério da Saúde e Cochrane