EUA ? A campanha do candidato republicano Donald Trump e o Comitê Nacional Republicano (CNR) pagaram US$ 1,8 milhão a um assessor político cuja lista de companhias inclui várias já investigadas por fraudes no registro eleitoral.
Há quatro anos, três empregados da Strategic Allied Consulting se declararam culpados das acusações de alteração e destruição de dezenas de registros de votação. Mas não foram feitas acusações formais contra a empresa, que pertence ao empresário Nathan Sproul.
Entretanto, informes financeiros da empresa verificados pela agência de notícias The Associated Press (AP) mostram que Sproul voltou a trabalhar para o CNR, agora com uma empresa chamada Lincoln Strategy Group ? uma versão com novo nome de sua antiga empresa Sproul & Associates, que tinha sede no Arizona e foi investigada por má conduta relacionada ao registro eleitoral em Nevada e no Oregon.
Integrantes do Partido Republicano e da campanha de Trump não quiseram dar detalhes dos trabalhos que estão sendo realizados por Sproul e nem onde isso é feito. Em outubro, o CNR pagou US$ 1,2 milhão à companhia de Sproul por trabalhos que aumentassem a participação eleitoral em favor de Trump ? e o candidato pagou mais US$ 600 mil à Lincoln Strategy no mesmo mês.
O presidente do CNR, Reince Priebus disse que não sabia que a empresa de Sproul havia sido recontratada. Já Lindsay Walters, porta-voz do comitê, se negou a fornecer detalhes sobre o trabalho atual de Sproul para o partido (em anos anteriores, o gasto do CNR com as empresas dele eram mostrados em informes financeiros de campanha, revelados após as eleições). E Hope Hicks, porta-voz da campanha de Trump, disse se tratar de uma companhia cuja tarefa é fazer a campanha de porta em porta. Sproul, por sua vez, emitiu um comunicado dizendo que suas empresas foram “absolvidas de qualquer ato ilegal”, e que as acusações contra suas empresas foram arquivadas.