Um balanço da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostra que 3.927 pacientes já foram atendidos pelo Comboio da Saúde para realização de agendamentos, consultas e exames que antecedem as cirurgias de catarata e pterígio, desde o início do programa lançado no dia 12 de maio. O investimento do Governo do Estado nesta estratégia soma mais de R$ 10,3 milhões.
A ação da secretaria estadual da Saúde busca acelerar os procedimentos de oftalmologia e ofertar atendimento regionalizado e descentralizado em todo o Paraná. A fila atualizada para essas cirurgias possui mais de 26,5 mil pacientes. Deste total, 17,7 mil precisam fazer cirurgia de catarata e 8,8 mil de pterígio.
Os comboios foram realizados até o momento em Ibiporã, Campo Largo, Telêmaco Borba, Arapoti, São José dos Pinhais, Matinhos, Irati, Guarapuava e Ponta Grossa. “O Comboio é mais um esforço do Governo do Estado para diminuir filas de espera e levar o atendimento para mais perto da casa dos paranaenses, principalmente porque quase toda a demanda para esses procedimentos refere-se a pessoas idosas, que não devem se deslocar por horas até uma unidade de referência”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
Para realização das cirurgias, oito unidades hospitalares, localizadas em Campo Largo, Cornélio Procópio, Jacarezinho, Irati, Londrina e Cascavel, se credenciaram por meio de edital da Secretaria da Saúde. Os hospitais devem absorver a demanda de atendimento dos municípios de abrangência de suas respectivas regiões.
OPERA PARANÁ – Fora as ações do Comboio, a Secretaria da Saúde também lançou o Opera Paraná, maior programa de cirurgias eletivas com investimento recorde de R$ 150 milhões do Governo do Estado. Entre as especialidades atendidas estão ortopedia, cirurgia vascular, ginecologia, otorrinolaringologia, oftalmologia — exceto catarata e pterígio — e cirurgia geral.
A destinação do recurso foi formalizada por meio da Resolução Sesa nº 1.104/2021 e deve abranger os mais diversos serviços de Saúde do Estado, desde que se enquadrem nas normativas da resolução n° 1.127/2021. Até agora, pelo menos 822 cirurgias já foram feitas com recursos do programa, somando um montante de R$ 12 milhões do Tesouro do Estado. Além disso, a Saúde também já repassou R$ 25,3 milhões para os municípios com gestão plena da saúde.
REALIDADE – Cristina Haag dos Santos, de 46 anos, moradora de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foi uma das pacientes beneficiadas pelo programa. O processo durou um ano e meio, até que em abril deste ano ela se submeteu à cirurgia de hérnia, um problema antigo que causava desconforto e dores.
“A pandemia suspendeu minha operação e agora consegui finalmente fazer. Não tenho o que reclamar do sistema de saúde. Desde o primeiro atendimento até a realização da cirurgia e pós-cirúrgico deu tudo certo. Estou bem e minha operação foi um sucesso”, disse.
Atualmente, estima-se que pelo menos 200 mil procedimentos eletivos e 300 mil consultas médicas especializadas, caracterizadas como prioritárias, precisem ser realizadas no Paraná. A fila destes procedimentos está sendo compilada em um programa de gestão que integre os sistemas do Estado, município e consórcios. Este ano, o Estado deve realizar aproximadamente 250 mil cirurgias, além destas 60 mil a mais.
Alexsandro dos Santos, de 35 anos, morador de Coronel Vivida, na região Sudoeste do Paraná, também esteve na fila para a cirurgia e comemora o resultado do procedimento. “Fui atendido mais rápido do que o esperado. Tinha um problema no joelho e tive de operar o menisco pois estava rompido. Correu tudo bem, e está 100% meu joelho agora, com uma ótima recuperação”.
Fonte: Sesa