WASHINGTON ? Na véspera das eleições presidenciais nos EUA, Hillary Clinton e Donald Trump realizam o último esforço para manter vivas suas aspirações de chegar à Casa Branca. Nesta segunda-feira, o capítulo final de uma campanha presidencial histórica, os candidatos percorrem cinco estados-chave na tentativa de conquistar os últimos votos cruciais para a vitória ? e de incentivar os eleitores a saírem às urnas na terça-feira.
Trump começa sua agenda de campanha com um comício na Flórida, ao lado do seu companheiro de chapa Mike Pence. Em seguida, ele fará paradas na Carolina do Norte, Pensilvânia, New Hampshire e Michigan. Já a sua rival democrata passará por Carolina do Norte, Michigan e Pensilvânia.
Ao longo do fim de semana, os candidatos também trabalharam duro para conquistar o eleitorado nos estados decisivos para as eleições. Hillary apareceu ao lado de celebridades muito famosas no país ? incluindo a cantora Beyoncé, o rapper Jay Z, o jogador de basquete Lebron James e a cantora Katy Perry. Ela tenta atrair os eleitores jovens, muitos dos quais não se sentem incentivados o bastante a sair de casa para votar.
Nesta segunda-feira, Hillary Clinton planeja um grande encerramento de campanha. Em um comício, ela terá as participações dos músicos Bruce Springteen e Bon Jovi. Mas o melhor está reservado para a noite, quando reunirá no mesmo palanque o seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, o atual presidente dos EUA, Barack Obama, e sua extraordinariamente popular esposa, Michelle Obama.
Trump também teve uma agenda movimentada nas últimas horas. Em um discurso em Minnesota, criticou a classe política em geral e afirmou que Hilary enfrentaria investigações por “muito, muito tempo”. A declaração vem como um ataque depois que o FBI informou ao Congresso que não pretendia apresentar acusações formais contra a democrata, após ter reaberto as investigações sobre uma nova leva de emails sobre o seu trabalho que ela trocou pelo seu servidor pessoal enquanto ocupava o cargo de secretária de Estado.
O republicano não informou se tinha conhecimento da carta enviada por Comey no domingo aos congressistas, mas fez um alerta a seus eleitores:
? Vocês devem entender que este é um sistema repleto de armadilhas e que ela (Hillary) está protegida.
Pouco depois do anúncio do FBI, a democrata participou de um comício no domingo em Cleveland, Ohio, mas não fez referência ao caso nem ao fim da nova polêmica.
? Nós nos alegramos de que este assunto tenha sido resolvido ? disse Jennifer Palmieri, diretora de comunicação da campanha de Hillary, a jornalistas, pouco após ser conhecida a decisão da polícia federal americana.
LIDERANÇA ESTREITA NAS PESQUISAS
Medir o impacto que o fim da polêmica sobre os e-mails de Hillary Clinton pode ter sobre a campanha é quase impossível, mas as pesquisas divulgadas no último fim de semana antes da eleição mostraram a democrata à frente de Trump com uma vantagem estreita. Na reta final, os candidatos lutam por cada voto na tentativa de garantir a vitória na terça-feira.
No domingo, ma pesquisa Washington Post/ABC mostrou uma vantagem de cinco pontos percentuais de Hillary sobre Trump. A dois dias da votação, ela tinha 48% das intenções de votos contra 43% do republicano. O resultado é positivo para a ex-secretária de Estado, que tinha três pontos de vantagem na sexta-feira para a mesma pesquisa.
Já em uma pesquisa NBC/Wall Street Journal, Hillary apareceu com quatro pontos percentuais de vantagem sobre Trump (44% a 40% das intenções de voto) no domingo. E uma sondagem POLITICO/Morning Consult, por sua vez, mostrou Hillary três pontos na frente do seu adversário republicano (45% a 42%).
Outras pesquisas da última semana mostravam Hillary com uma vantagem um pouco menor. Em uma sondagem CBS/New York Times, ela liderava por três pontos; em uma pesquisa da Fox News, sua vantagem era dois pontos; e, em uma sondagem IBD/TIPP, a margem em seu favor era de um ponto.