BRASÍLIA ? O PSDB realiza nesta sexta-feira encontro nacional de prefeitos do partido com as principais lideranças tucanas. Presentes ao evento estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente da legenda, senador Aécio Neves (PMDB-MG), o ministro José Serra e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, entre outros.
Em seu discurso, pouco depois de divulgada a demissão do ministro Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo, Aécio afirmou que o PSDB mantém seu apoio ao presidente Michel Temer durante seu “governo de transição”, e disse que seu partido é “o único” capaz de fazer as reformas necessárias.
? Não há outro partido político no Brasil em condições de fazer isso, de liderar esse processo, que não o PSDB. Não fosse a coragem do PSDB no Congresso Nacional, não haveria ajuste das contas no Brasil. No plano nacional, temos que continuar sendo um farol de um novo projeto de Brasil ? afirmou.
Aécio também falou sobre o cenário para 2018, que disse já estar “na esquina”. Mas, pediu que projetos individuais para as próximas eleições não prejudiquem a atuação do PSDB. No partido, tanto o senador mineiro, quanto o governador de São Paulo são pré-candidatos à presidência da República.
? Nossa maior força haverá de ser sempre nossa unidade. Não temos sequer o direito de pensar em projetos individuais e colocá-los acima dos interesses do Brasil ? disse.
O senador disse ainda que a aprovação da PEC do teto de gastos públicos, que já passou pela Câmara e está na pauta do Senado, “não resolve” o problema da crise econômica, mas apenas “sinaliza” para uma solução. Segundo Aécio, é preciso o apoio do PSDB para aprovar as demais medidas do ajuste fiscal, como a Reforma da Previdência.
Ao final, Aécio reafirmou que o partido pretende alcançar a presidência da República em 2018:
? Estaremos prontos com responsabilidade e desprendimento para apoiar o atual governo nessa transição. Mas estaremos, a partir de janeiro, com nossos prefeitos e nossa atuação no Congresso, nos preparando para fazer aquilo que é necessário para o Brasil, vencer as eleições e governar o país com decência e eficiência ? disse.