Cotidiano

Em 14 meses, 120 líderes sociais foram mortos na Colômbia

COLOMBIA-REFERENDUM-AFTERMATH-GR12UKCMD.1.jpgBOGOTÁ – Ao menos 120 líderes sociais e ativistas em defesa defensores dos direitos humanos foram assassinados na Colômbia nos últimos 14 meses, informou a Defensoria Pública nesta sexta-feira. Outras 450 ameaças são citadas e atribuídas à desmobilização das Forças Armadas Revolucionárias (Farc). farc

De acordo com o defensor líder do principal organismo do Estado em defesa dos direitos humanos, Carlos Negret, outros 33 atentados e 27 agressões foram registrados contra os líderes e ativistas sociais neste período. Os episódios ocorreram em vários departamentos, como Antioquia, Bolívar, Caquetá, Cauca, Cundinamarca, La Guajira, Magdalena, Santander e Tolima.

? As regiões que sofreram a maior parte destas atividades de delito têm como raiz que as Farc já não ocupam estas regiões ? destacou Negret.

A Defensoria estima que o vácuo de poder deixado pela saída da guerrilha armada abriu caminho para que outros grupos criminosos atentem contra os líderes sociais. Entre eles, grupos paramilitares que também atuam em áreas de selva.

As Farc começaram nesta quarta-feira o processo de deposição das armas, apesar dos atrasos no deslocamento dos combatentes às zonas de concentração e na construção dos albergues.

O governo do presidente Juan Manuel Santos e o líder das Farc, Rodrigo Londoño, assinaram em novembro um acordo de paz para acabar com o conflito armado de mais de meio século que deixou 220 mil mortos e milhões de desalojados.