SÃO PAULO – Reportagem da revista Veja, deste final de semana, mostra que a presidente afastada Dilma Rousseff será o principal alvo da delação premiada do empresário Marcelo Odebrecht. Segundo a publicação, o empresário que está preso desde junho do ano passado condenado a 19 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa, confirmará aos investigadores da operação Lava Jato que a reeleição de Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior.
De acordo com a Veja, a Lava jato já rastreou o repasse de US$ 3 milhões da empreiteira para uma conta na Suíça do marqueteiro João Santana, responsável pelas três últimas campanhas presidenciais do PT. A investigação da Lava Jato também descobriu que outros R$ 22,5 milhões foram pagos a Santana em dinheiro vivo. O pagamento aconteceu, de acordo com a revista, entre outubro de 2014, quando Dilma conquistou o segundo mandato, e maio de 2015.
Segundo a revista apurou, Odebrecht dirá que os detalhes do financiamento eleitoral foram combinados com Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete da presidente afastada. O ex-secretário particular da petista, Anderson Dorneles, também será citado por Marcelo Odebrecht. Segundo a revista, Dorneles pediu um ajuda financeira e repasses mensais de R$ 50 mil teriam sido feitos a “um laranja”. Douglas Franzoni, de Anderson para serem entregues a ele.
Procurados pelo Globo, a presidente afastada, Dilma Rousseff, Giles, Anderson e Douglas ainda não responderam.