SÃO PAULO. A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado em Genebra, na Suíça, que este é o momento do PT, um dos alvos das investigações da Operação Lava-Jato, ?encontrar a si mesmo e crescer?, como forma de olhar para o futuro e manter ?o ideal de transformação do Brasil?, que estaria em sua origem.
? O sonho do PT tem de ir além, para o futuro. Não para trás outra vez (…) O que temos que fazer hoje? Defender as conquistas, que estão ameaçadas. Mas, mais uma vez, apontar para o futuro. A transformação do Brasil é entender que o fim da miséria é só o começo. O PT terá que pensar como vamos estruturar o futuro? disse Dilma à plateia do Festival Internacional de Filmes de Direitos Humanos, sugerindo que o partido tome a dianteira pela concepção de novos programas sociais para o país.
Durante o evento, a ex-presidente voltou a dizer considerar importante que o ex-presidente Lula, réu em processos da Lava-Jato, possa ser candidato nas eleições. Caso venha a ser condenado em duas instâncias antes do pleito, o ex-presidente ficaria de fora da disputa, por causa da Lei Ficha Limpa.
? O Brasil tem encontro com a democracia em 2018, porque temos uma nova chance de impedir que haja um segundo golpe, que é retirar o Lula da disputa eleitoral. Precisamos do processo democrático para nos reencontrar todos ? disse a ex-presidente.
Citada na delação da Odebrecht, Dilma deu entrevista para jornalistas antes do evento, e negou ter recebido propina da construtora ou de outras empresas em suas campanhas.
? Nunca pedi propinas, nunca recebi propinas, e, de fato, nunca falei com todos aqueles que agora estão sendo investigados ou presos por terem pago propinas ? afirmou. (Com agências)