RIO – Cientistas anunciaram nesta quarta-feira a descoberta de um sistema planetário com nada menos que sete objetos provavelmente parecidos com a Terra, isto é, relativamente pequenos e rochosos. E mais: os planetas orbitam sua estrela a uma distância em que muitos, se não todos, teriam uma temperatura que permitiria a existência de água em estado líquido na sua superfície, condição considerada necessária para o desenvolvimento ou manutenção de vida como conhecemos.
Batizada Trappist-1, a estrela é uma anã pouco maior que Júpiter, mas com massa cerca de 80 vezes maior, aproximadamente 8% a do Sol. Isto a coloca no limite mínimo teórico de material que um objeto deve ter para dar início às reações de fusão nuclear no seu núcleo que caracterizam uma estrela. Por isso, ela também é relativamente muito mais fria que o Sol, com um brilho equivalente a um milésimo de nossa estrela.
Assim, os sete planetas na órbita da Trappist-1 ? designados Trappist-1b, c, d, e, f, g e h, na ordem de distância da estrela ? precisam estar muito perto dela para estarem na chamada ?zona habitável?, em que não estão nem próximos nem longe demais de modo que recebam calor suficiente para ter água líquida. E, de fato, segundo os cientistas o sistema é tão compacto que mais se assemelha novamente ao de Júpiter e suas chamadas luas galileanas, Europa, Ganímedes, Io e Calisto.