Curitiba – O Governo Michel Temer (PMDB) ainda não emplacou três meses, tempo insuficiente para mostrar o País com uma nova cara, mas suficiente para ser rejeitado pela maioria dos brasileiros. Prova disso é o resultado de um levantamento do instituto curitibano Paraná Pesquisas divulgado ontem na coluna do jornalista Ricardo Noblat.
A maioria rejeita tanto o presidente interino quanto a presidente afastada Dilma Rousseff (PMDB) e prefere que o País tenha uma nova eleição para a Presidência da República. A pesquisa foi feita entre os dias 20 e 23 deste mês com 2.020 brasileiros maiores de 16 anos de 158 municípios de 24 estados e também do Distrito Federal e tem grau de confiança de 95%.
À pergunta estimulada: Atualmente, o que você prefere…, 11,1% dos entrevistados responderam que preferem a volta de Dilma. A permanência de Temer foi a resposta escolhida por 23,8%. Os demais 62,4% que responderam disseram que preferem uma nova eleição já os 2,7% restantes se abstiveram de responder.
Para que houvesse uma nova eleição, no entanto, o Congresso Nacional teria que mudar a Constituição Federal, algo que é praticamente descartado neste momento em que Temer trata a pão de ló os senadores (e também deputados) para assegurar a consumação do impeachment, que deverá ter um desfecho até o fim de agosto.
LULA
A uma segunda pergunta estimulada, 15,2% dos entrevistados pela Paraná Pesquisas responderam que preferem a volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, enquanto outros 34,1% disseram preferir que se aposente da política. Outros 47,7% disseram que prefeririam que Lula fosse preso pelo juiz Sérgio Moro e 3% não responderam.
OUTROS NÚMEROS
O início da administração de Temer está indo melhor, pior ou igual ao que o senhor ou senhora esperava?, perguntou o instituto: 20,9% disseram melhor, 20,8% pior, 51,8% igual e 6,4% não souberam ou não quiseram responder.
De uma maneira geral, diria que aprova ou desaprova a administração de Temer até o momento?, insistiu a Paraná Pesquisas. Levando-se em conta pesquisa anterior do mesmo instituto, realizada em junho, a aprovação passou de 36,2% para 38,9%, desaprovação caiu de 55,4% para 52% e o índice dos que não sabem subiu de 8,3% para 9,1%.