CURITIBA. A defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha pediu nesta quinta-feira ao juiz Sérgio Moro a permanência dele na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. A PF solicitou ao magistrado a transferência de Cunha, do ex-tesoureiro do PP, João Claudio Genu e do ex-presidente da OAS Leo Pinheiro para o complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. A polícia argumenta que falta espaço para acomodar os presos.
Pinheiro teve o pedido negado por Moro ontem. Ele deve fazer delação, apesar de seu primeiro acordo ter sido cancelado em agosto devido a uma série de vazamentos atribuídos ao seu depoimento.
O advogado Marlus Arns, que defende Cunha e Genu, quer que o ex-deputado fique preso na carceragem pelo menos até 2 de fevereiro, quando ele será interrogado.
Quanto a Genu, Arns argumenta que sua permanência na carceragem é mais indicada, já que ele negocia acordo de delação premiada. Genu já foi denunciado pelo Ministério Público Federal por ter recebido mais de R$ 6 milhões em propina desviada da Petrobras. Ele era o principal assessor do ex-deputado José Janene, morto em 2010, uma das peças-chave na montagem do esquema. Genu é acusado dos crimes de pertinência à organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo valores provenientes do esquema instalado na diretoria de abastecimento da estatal.