A crítica situação das prefeituras que integram a Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) vai demandar um corta-corta geral nas despesas. De acordo com a presidência da entidade, pelo menos 70% das 52 prefeituras vão aderir a um corte drástico a partir de outubro. Elas precisam cortar ao menos 30% das despesas para fechar as contas.
A expectativa era de que algumas prefeituras adotariam turno único de atendimento, mas, de acordo com Rineu Menoncin, presidente da Amop, a medida não será de grande valia: “Vamos cortar gratificações, diárias, horas extras principalmente em todas as áreas, com exceção de saúde e educação”.
O assunto é um dos principais itens da pauta da reunião agendada para esta sexta-feira na Amp, com sede em Cascavel. Isso porque, segundo o presidente, a medida é “desesperadora” para tentar pagar conta como o 13º salário dos servidores e também o terço de férias. Ambos os assuntos que hoje assustam os administradores, por falta de dinheiro.
O motivo da falta de verba, segundo Rineu, é a estagnação do repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) pelo governo federal. “A situação é ainda pior para os municípios que dependem exclusivamente do FPM ou que possuem fundo próprio de Previdência”, explica.
Em contrapartida, as despesas aumentaram entre 15% e 18% em média nos municípios, muitos devido ao aumento da folha de pagamento. “Muitos servidores possuem plano de carreira e são ganhos que não podemos cortar, porque eles têm direito”, explica.